quarta-feira, 18 de julho de 2012


"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar
a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como
a dança e o representar) entretém. A primeira, porém, afasta-se da vida
por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida —
umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque
vivem da mesma vida humana.
Não é esse o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma
história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa.
Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que
ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso".
SOARES, Bernardo. Livro do Desassossego (por Fernando Pessoa).
2. ed. São Paulo: Ed. Brasiliense, p. 392-393)

sábado, 14 de julho de 2012

Embora a vida aparente grande simplicidade; a mim mais parece um emaranhado de seilá o que com eu não sei o que fazer. Não nasci pronta, me desculpe. Não sei argumentar , não tenho respostas para tudo.As vezes parece que o mundo vai desabar na minha cabeça (e ele desaba) . Quem me dera poder desenhar os tracos da vida , riscar a cor ,verso a rima. O vestido que escolhi nunca vai estar bom o bastante ao seus olhos, minha voz nunca vai ser alta o suficiente para poder abaixar a tua. Minha inquietude é não poder prever o nascer do sol, embora  qualquer que seja a conclusão nunca sera  plenamente eficaz.  Mesmo não agradando a todos,  eu não desisto , quero que vire clichê. Podem me matar por dentro ,todavia lutarei com fé.